Orgulho e Preconceito, Jane Austen

23 de abril é o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, desde 1995, criado pela UNESCO, para, entre outros objetivos, promover e criar o gosto pela (?)/hábitos de (?) LEITURA.
Resolveu-se assinalar a data no Factos & Fitas, na rubrica “Cheirinho de livros…”, através do aroma oferecido pela Carolina Silva, aluna que tem demonstrado um brilhante desempenho no Concurso Nacional de Leitura, projeto de que falaremos mais tarde.
Orgulho e Preconceito, Jane Austen (1775-1817, Reino Unido)
“Vaidade e orgulho são coisas diferentes, apesar de as palavras serem muitas vezes usadas como sinónimas. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho está mais relacionado com a opinião que formamos de nós próprios, e a vaidade com o que pretendemos que os outros pensem de nós.”
A história tem como protagonista Elizabeth Bennet, a segunda filha mais velha da família Bennet, uma jovem mulher bela, inteligente, feminista, com uma personalidade forte e progressista para a sua época, e situa-se numa zona rural de Inglaterra, no início do século XIX. O enredo começa com a chegada de dois jovens solteiros abastados, Mr. Bingley e Mr. Darcy, à região. Durante este período histórico, na Inglaterra, o papel da mulher era ser unicamente boa esposa e mãe, logo a ambição de Mrs. Bennet, mãe de Elizabeth, era, exclusivamente, conseguir casar todas as suas filhas. Mr. Bingley logo se apaixona por Jane Bennet, a mais velha das irmãs Bennet, porém é muito criticado pela sua escolha. No entanto, é a épica história de ódio e amor de Elizabeth e Mr. Darcy que rouba o protagonismo e o coração dos leitores. No início, ambos compartilham uma relação de antipatia e repulsa, movida, tal como nos elucida o título da obra, pelo orgulho e preconceito, contudo aos poucos Mr. Darcy começa a ceder aos encantos da jovem mulher. Toma coragem e pede Elizabeth em casamento, porém ela recusa, ainda pensando que o homem era arrogante, inescrupuloso e pretensioso. Todavia, numa impressionante reviravolta, após ler uma carta de Mr. Darcy, Elizabeth começa a perceber que ele afinal tem um bom caráter e admite os seus sentimentos por ele. Como acaba a história? Terão de ler para conhecer o final.
Parte mais interessante: Na minha opinião, a parte mais interessante da história foi, indiscutivelmente, o desenvolvimento da grandiosa e nobre história de amor/ódio entre Elizabeth Bennet e Mr. Darcy. Desde a primeira amarga interação entre ambos, até ao final, foi realmente uma montanha-russa de emoções conseguir testemunhar o desenrolar deste magnífico enredo.
Parte menos interessante: No meu ponto de vista, o romance em geral é muito interessante e todos os capítulos e parágrafos acrescentam algo importantíssimo à história, logo é difícil escolher qual a parte menos interessante, porém como sou uma grande fã das imponentes histórias de amor, tenho de admitir que, para mim, as partes mais desinteressantes são aquelas em que o enredo não se foca na relação de Elizabeth e Darcy.
Esta obra fez-me refletir sobre…
Sentimentos e características humanas tais como o amor, a família, a posição social, o orgulho, a vida, etc. Nós conseguimos identificarmo-nos com as personagens, com as suas qualidades e defeitos, e também com as situações que vivem. Logo, dá-nos uma nova perspetiva acerca de vários assuntos e ajuda-nos a tornarmo-nos melhores pessoas e a tomar melhores decisões na nossa vida. Podemos aprender com os seus erros e notar que muitas vezes as coisas não são como parecem.
Aconselho a leitura da obra porque…
Esta obra é de facto uma obra exímia e inigualável. Não é por acaso que é considerada um dos maiores clássicos da literatura inglesa e mundial. Eu aconselharia esta obra, uma vez que através dela podemos aprender várias lições de vida, tais como o facto de nunca devermos julgar alguém meramente pela primeira impressão que essa pessoa nos transmite ou facto de devermos aceitar que não somos perfeitos, todos nós temos defeitos e o importante é tentarmos sempre melhorar. Outra das razões para eu aconselhar este livro é o facto de estar brilhantemente escrito. Em termos de vocabulário, construção frásica, maturidade artística e emoção, consegue-se aprender muito com este texto.
Carolina Silva, 10.º B