“Stop. Contos… sem fadas”


“Stop. Contos… sem fadas”

No Dia Internacional da Mulher, o artista italiano Alexsandro Palombo criou uma série de desenhos para um projeto de luta contra a violência doméstica: “Stop. Contos… sem fadas”.
O artista italiano Alexsandro Palombo fez bem em utilizar personagens de contos tradicionais, e outras personagens e heróis do imaginário infantil, que toda a gente conhece, como a Cinderela ou a Branca de Neve, pois chama a atenção.
   O cartoon em que se encontra o príncipe e a Cinderela faz-nos crer que ele é violento para com ela, como muitos outros, pois antigamente a violência doméstica considerava-se normal: o homem era o chefe de família, e ninguém podia desafiar as suas escolhas. Um homem que não conseguisse dominar a mulher seria mal visto pela sociedade. Se não conseguia cuidar da sua própria mulher, imagine-se do resto. 
   Nos tempos que correm, acho impensável ainda existirem estes atos violentos. A mulher tornou-se mais independente, com mais liberdades do que antigamente, mas, mesmo assim, há "mentes brilhantes" que pensam que a mulher tem de ser um saco de pancada, tem de estar dominada e fazer apenas o que o seu "dono" deseja.
   A maior parte das mulheres tem vergonha de admitir que é violentada pelo marido/namorado, e finge que nada se passa fora de casa, enquanto é espancada na sua própria casa. Onde deveria encontrar o seu lar e o seu conforto, ela acha é o inferno.
   Estes homens, os que têm esta prática abusiva, são covardes. A maior parte tenta calar as vítimas, porque "entre homem e mulher ninguém mete a colher". "Só sabe o que se passa no convento quem mora lá dentro", por isso, denunciem o covarde. A vossa casa é onde se sentem bem e não amedrontadas. 

Márcia Ferreira – 10º C

 

Igualdade de Género?


A imagem que me é apresentada, de Emanu, mostra duas pessoas, em duas pistas, no que parece ser uma corrida em que a chegada é igual para os dois. Porém, no caminho da pessoa da esquerda, uma mulher negra, podemos ver imensos obstáculos, como crocodilos, um muro, arame farpado, uma bola de ferro presa ao seu tornozelo, entre outros, enquanto que no caminho da pessoa da direita, um homem branco, apenas visualizamos dois pequenos obstáculos.
Deste “cartoon” podemos retirar duas ideias fundamentais: a ideia de que os homens têm sempre o caminho mais facilitado do que as mulheres e a ideia de que se a pessoa visada for de cor, tem ainda mais obstáculos.
Ficando-me só pela primeira, considero que a imagem é bastante ilustrativa e muito boa, pois ao apresentar obstáculos tão chocantes chama mais a atenção das pessoas e deixa perceber bem o que se pretende criticar, ficando ao critério de cada um que observe este “cartoon” entender cada obstáculo do desenho como algum obstáculo que é imposto às mulheres na vida real. Por exemplo, podemos considerar o arame farpado como a dificuldade de ascensão na carreira, podemos considerar os crocodilos como todas as coisas que uma mulher ouve na rua acerca do seu corpo, podemos considerar o muro como o estereótipo antigo da sociedade de que as mulheres estão atrás do homem por terem menos força física e por “só servirem para cuidar dos filhos e da casa”, entre outras comparações.
Concluindo, considero este “cartoon” extremamente elucidativo e pertinente, não dizendo isto enquanto mulher mas enquanto ser humano, que vê ainda nos dias de hoje muita discriminação para com as mulheres. 

Ana Margarida Silva – 10º B