REDES SOCIAIS

REDES SOCIAIS

 

As redes sociais e o mundo virtual são uma realidade cada vez mais presente na vida de todos nós, tornando-se quase como imprescindível a aquisição de um telemóvel para as nossas necessidades do dia a dia. 
Todo este mundo, e a sua fácil adesão, trouxe uma inúmera lista de consequências, tanto positivas como negativas. Relativamente a este assunto, considero que não me consigo restringir a um lado, de concordar ou discordar, mas no equilíbrio entre as duas perspetivas.
Por um lado, discordo da afirmação, porque as redes sociais permitem a conexão com todo o mundo, podendo fazer amigos em toda a parte, ou mesmo não perder contacto com os nossos que foram para fora. Neste contexto, considero uma mais-valia as redes sociais. Por exemplo, se eu tiver um amigo de longa data que vai para o estrangeiro por mais de cinco anos, se não fossem as redes sociais, iria perder o seu contacto, caso que pode ser muito bem evitado por meio delas. Assim, as redes sociais permitem a sociabilização à distância. 
Por outro lado, as redes sociais estão a criar dependência por parte dos seus utilizadores, que muitas vezes não convivem para estarem no seu telemóvel. Por exemplo, é realmente triste ver uma família à mesa em que está cada um com o seu telemóvel e não comunicam enquanto estão juntos e têm tempo para isso, ou mesmo grupos de crianças em roda a jogar no telemóvel em vez de jogarem uns com os outros e aproveitarem o bom da infância uns com os outros.
Como referi anteriormente, tem de haver um equilíbrio e temos de perceber que há momentos para as redes sociais, mas que, mais que isso, temos um mundo à frente cheio de coisas para ver, e coisas a acontecer, que muitas vezes não vemos porque estamos focados a olhar para um ecrã.
 

Margarida Ferreira, 12º B

 

As redes sociais são um conceito recente. Diria que não tem mais de dez anos e a sua popularidade aumentou bastante com o crescimento exponencial do Facebook, uma enorme inovação que serviu como base para as milhares de redes sociais que temos ao nosso dispor nos dias de hoje.
A minha opinião em relação às redes sociais é bastante básica, e até diria que de consenso entre a grande maioria das pessoas. Essa opinião apoia que as redes sociais trazem bastantes benefícios, uma quantidade quase inumerável, como o contacto entre pessoas fisicamente distantes que não têm outra possibilidade de comunicar, a divulgação de todo o tipo de coisas, maior facilidade em conhecer novas pessoas e fazer amigos, etc. Porém, as redes sociais possuem bastantes malefícios, principalmente para os jovens, e essa será a faixa etária na qual me vou focar mais.
O primeiro argumento contra as redes sociais é o facto de que elas não são assim tão sociais. A meu ver, transmitem uma falsa sensação de socialização. Inicialmente até podem ser excelentes meios, mas com o passar do tempo é fácil de perceber o quão solitárias são, e este choque de realidade pode impactar bastante na saúde mental de um jovem que ainda está a formar a sua personalidade, podendo vir a trazer-lhe grandes problemas de confiança e consequentes problemas de socialização na vida real.
Outro argumento contra a utilização das redes sociais é o facto de se tratar de um mundo completamente diferente, isolado da realidade, um mundo extremamente imersivo que pode captar cem por cento da nossa atenção por horas a fio, isolando-nos do mundo real, e isto vai deixar-nos como totais eremitas, refugiados da sociedade, o que afeta a relação connosco próprios, com quem nos damos e com quem nos possamos vir a dar.
Por fim, termino concluindo que, sim, considero as redes sociais bastante úteis para socializar, porém, de forma moderada, não dando valor desmedido nem se tornando a única forma de comunicação e não dando mais valor aos nossos seguidores virtuais do que aos nossos entes queridos, que nos oferecem tempo não solitário de qualidade.


 Francisco Correia, 12.º B

 

Apesar das ligações entre todo o mundo serem cada vez maiores, chegando este mesmo a funcionar como uma “aldeia global”, a verdade é que cada vez mais a solidão e o isolamento são uma realidade nos nossos dias. Mas será que as redes sociais o podem resolver, ou serão elas mesmas que originam tudo isto?
    Sabemos que estas duas palavras são de grande importância, pois é enorme o impacto causado por elas. O ser humano precisou, e precisa, desde sempre, de outras pessoas, de relações, de companhia. Quem fica isolado acaba por se tornar parecido com Álvaro de Campos: uma pessoa triste, com um tédio existencial, que acaba por esperar apenas pelo fim da vida.
    Penso que desde que as redes sociais surgiram muito mudou. Estas vieram para juntar ainda mais o mundo, mas não para juntar as pessoas. Sabemos tudo sobre tudo e todos, só nos basta um clique, mas essa quantidade absurda de informação acaba por consumir o nosso tempo. O tempo é, como Ricardo Reis nos disse, extremamente precioso. Devemos viver o máximo que conseguirmos com as pessoas que amamos, porém, a verdade é que acabamos por não o fazer, pois estamos ocupados com tudo o que as redes sociais nos trazem. Quantas vezes dissemos que “não” a alguém querido só para ficarmos sozinhos neste mundo tão tóxico a que chamamos redes sociais?
    Na minha opinião, é triste pensar o quão doentio ficou o nosso mundo após o surgimento das redes sociais. É triste pensar o quanto permitimos que nos consumam. Claro que também possibilitam comunicarmos com pessoas que estão do outro lado do mundo e, nesse aspeto, acho o seu surgimento positivo. O problema é que deixámos que estas nos roubassem o que tem maior importância na nossa vida: o contacto com o exterior, como Alberto Caeiro tanto amava, e o contacto com as pessoas. Os abraços, o carinho, as palavras, as relações, … 
Tenho medo daquilo em que a vida se possa tornar com as redes sociais, ou melhor, com uma sociedade completamente dependente delas. Por isso, vamos valorizar mais o toque, as pessoas e o tempo, porque, no fundo, sem estes, e sozinhos, não seremos o que mais importa: felizes.


Mara Costa, 12º B

 

As ilustrações são dos alunos do 12º A, Paulo Santos e Simão Silva, respetivamente.