Razão VS. Emoção
Razão VS. Emoção
Na minha opinião, grande parte dos comportamentos humanos resulta de um uso excessivo da razão ou da emoção. Infelizmente, quer seja por escolha própria, ou, quem sabe, devido a uma tendência natural, muitas pessoas não conseguem atingir um equilíbrio na sua vida relativamente à forma como sentem as coisas, e, posteriormente, pensam acerca delas. Obviamente que isto se traduz em diversos problemas e, ainda que possa haver exceções, em aspetos maioritariamente negativos.
Em primeiro lugar, basta percebermos que o excesso, como a própria palavra indica, é sempre algo em demasia, portanto por si só já não é bom. Certas pessoas têm uma tendência para extremos, contudo, a vida e a história já nos mostraram que isso nada de bom traz. Desde guerras políticas, a opressões religiosas, a problemas nos relacionamentos, entre outros, tudo advém disso mesmo. Quantos se mataram devido a ideias radicais? O fanatismo religioso quantas vítima já fez, e ainda pior, quantas não continua e continuará a fazer? Se estes episódios resultam de um minucioso aprofundamento de textos religiosos ou de raciocínios constantes acerca da superioridade das raças, talvez… Isto para mostrar desde já que o que é demais é sempre demais!
Em segundo lugar, é fácil perceber concretamente aquilo que resulta do pensamento excessivo ou do ultra sentimentalismo. O primeiro, muito retratado na poesia pessoana, é nada mais nada menos do que uma trituração mental. Claro que é importante viver uma vida de certo modo planeada, estruturada, e refletir acerca das coisas boas e más, só assim podemos aprender. Mas quem se apega muito à negatividade, remoendo constantemente os seus problemas, ou pelo contrário se ilude, pensando tudo como sendo bom, viverá de certeza muito sofrimento e muita solidão.
Também da emoção excessiva, que geralmente se opõe ao pensamento, pois ou estamos a pensar em algo ou a viver intensamente a vida, resultam aspetos negativos: muitos dizem o que não querem no calor do momento; veja-se, até assassinatos daí decorrem…
Enfim, sentimentalismo possibilita amor, a razão o progresso, mas quem não os vive em meio termo, olhem, já arranjou tarefa para a vida!
José Tojal, 12º A