Copo meio vazio ou meio cheio? Otimismo e pessimismo - 12.º B
Na minha opinião, é fácil ver o mundo de maneira negativa. A vida é um comboio que não espera por ninguém e penso que, por vezes, a pressão de ele não esperar por nós e a agitação que vemos nele é o que nos faz ser negativos. Acontece tudo de forma tão rápida que não temos tempo de parar e sofrer. Sofrer é necessário, sejamos nós pessimistas ou não. É necessário sofrer por nós, pelos nossos, pelo mundo, e não termos tempo para isso, no mundo atual, faz com que essa dor se torne constante, começando a surgir em todos os setores da nossa vida. O mundo, ou melhor, a sociedade não nos permite sofrer, pois quem sofre é visto como fraco e inútil. Mas estamos a viver a vida ou num campeonato de luta? É o pessimismo uma consequência da pressão que sofremos todos os dias para ser o oposto?
Não consigo concordar com a possibilidade de ser otimista para toda a nossa vida, pois ninguém o é. A vida, sendo como um comboio, passa por momentos escuros como túneis que não dão para ser contornados. Não conseguimos fugir da dor, sendo ela uma grande parte da nossa vida. Ou estarei eu já ser pessimista? Penso que não. Penso que a dor é uma certeza, e que quando isso ocorre, temos, sim, o direito de sofrer por ela, de achar que não vamos ser mais nada depois disso, de ver que as portas trancadas. Mas também sinto que há uma altura de nos erguermos, e de arranjar estratégias para abrirmos as portas.
Talvez Fernando Pessoa não tenha chegado a essa altura. Disse que o otimismo não era para sempre, mas o pessimismo pode ser. Se não conseguirmos ter força para ver a luz por trás da escuridão, se não conseguimos pensar sem sentir dor, ou se não conseguimos lidar com a nossa consciência, seremos, sim, pessimistas para sempre, ou, na minha perspetiva, seremos realistas, porque a dor nos consumiu e não resta em nós mais esperança. Se isso acontecer, não seremos menos que ninguém, seremos humanos.
A vida, seja dor ou felicidade, é o que nos torna humanos. As portas são diferentes para cada um de nós, para cada fase da viagem que nos faz existir. Mas claro que isto pode ser só a opinião de mais uma pessimista.
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No filme “Os Smurfs", a personagem “Ranzinza" tem, entre as suas características, uma personalidade pessimista durante o primeiro filme, estando sempre mal-humorado, e nada corre bem para si. Já no segundo filme, a personalidade da personagem sofre uma enorme reviravolta, passando a ser muito otimista. Em consequência disso, Ranzinza começa a transmitir uma energia muito mais alegre, e passa a ter pontos de vista mais positivos em relação à vida. Mesmo nas piores situações do filme, ele estava lá, a tirar o melhor delas.
Tal como no filme, assim é a realidade, o pessimista sempre será negativo, não importa a situação, sempre encontrará oportunidade de dizer algo que não fará bem a ninguém e carregará uma energia muito negativa. Já o otimista é uma pessoa que vale a pena ter por perto. Por pior que seja a situação, vai encontrar uma forma de ver o lado positivo e de encorajar quem estiver ao redor. O otimista sorri para todas as oportunidades.
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O otimismo e o pessimismo são algo muito presente nas nossas vidas. A verdade é que as pessoas pessimistas tendem a ser pessoas frustradas na vida, que não acreditam, não esperam nada de bom. Já os otimistas tendem a ser pessoas mais positivas com bastante energia.
O otimismo pode trazer-nos muitas coisas boas, só por termos esperança, mas a verdade é que as desilusões acabam por ser mais fortes para o otimista, pois o pessimista utiliza uma espécie de “escudo” (o pessimismo) para se proteger de desilusões e fracassos. Enquanto este já está preparado para as desilusões, o otimista não, o que o pode fazer ficar de rastos.
Veja-se o exemplo dos esquiadores, que descem as montanhas a grande velocidade, e muita gente pergunta: Como é que eles conseguem? Como é que não chocam de frente com as árvores? Enquanto as pessoas não profissionais de esqui descem a montanha à procura das árvores (obstáculos) para se desviarem, os profissionais procuram apenas o caminho que precisam de seguir (neve). O caminho é o mesmo, as pessoas podem ter as mesmas capacidades, mas a perspetiva muda, e a perspetiva é fundamental. O otimismo pode levar-nos a um grande sucesso, já o pessimismo apenas nos afasta desse sucesso. Muitas vezes, só pelo medo de não conseguir aguentar a desilusão, de não conseguir o sucesso, o pessimista nem tenta e esconde-se atrás do seu escudo.
Portanto, considero que devemos todos tentar ser mais otimistas, e arriscar, não continuar escondidos atrás do nosso escudo. Penso que será o melhor para todos nós.
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“Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o pessimista todas as portas têm trincos e fechadas." William Arthur Ward
Tal como uma moeda comum, a sociedade e a mente humana, no genérico, têm dois lados: um otimista e um pessimista.
Vivemos num mundo de crueldade e onde sucedem mil e uma coisas más todos os dias. Somos confrontados, diariamente, com stress, pressões, problemas, ansiedade e “portas fechadas”. Perante estas, temos duas opções, tal como William Arthur nos diz: ou vemos as maçanetas e as dobradiças, passamos por elas e seguimos em frente, ou ficamos focados no facto de terem fechaduras e trincos, e não vemos mais nada para além desse problema, ficando ali fechados, focados única e exclusivamente na fechadura. É isso que acontece na sociedade. Temos as pessoas otimistas, que olham para a frente e veem a vida comotimismo e procuram o lado bom das coisas, agarrando-se a elas, e temos o outro lado da moeda, o lado escuro e sombrio do pessimismo, onde as pessoas vivem em constante angústia perante a vida e não veem as saídas para os seus problemas, que se fecham na escuridão e não erguem a cabeça para ver que também há luz e coisas boas na vida.
Na minha opinião, cada vez há mais pessimismo, provocado pela tal maldade e crueldade crescente. Aos olhos de muitos, vendo todo esse lado negro do mundo, não há razões para acreditar no bem. Considero que não tem de ser assim. Mesmo com o mal, há partes boas e temos de nos agarrar a elas. Não devemos admitir que o mundo é cor-de-rosa e que vivemos numa ilusão de bem, mas também não devemos ver somente o preto e o mal.
No fundo, e concluindo, temos que olhar para o mundo com as suas diversas cores, as mais bonitas e alegres, bem como as mais escuras e sombrias e procurar viver no equilíbrio das duas.
Alunos do 12º B